Assistência Social

Assistência Social
Temos verificado ao longo dos anos que não são poucas as igrejas que possuem departamento com o título acima, ou mesmo com a denominação de Serviço Social, com objetivo de atender os irmãos a elas filiados que suportam os mais diversos problemas.

Isso nos leva a meditar sobre a conveniência de criar uma diaconia com a finalidade de atendê-lo, pois temos verificado que, não obstante a boa vontade e a dedicação dos que compõem esses departamentos, as dificuldades em equacionar os problemas que lhes chegam às mãos são grandes. Na sua maioria os problemas têm como fator primordial a necessidade financeira, e para satisfazê-los os crentes dependem de recursos que lhes dêem as igrejas.
Seria razoável transferir este setor da igreja para um diaconia ser organizada? É uma idéia a ser bem estudada, pois o cerne do problema não está na estrutura dos departamentos ou na falta de interesse dos que os dirigem, ou naqueles que os auxiliam, na sua maioria graciosamente, e sim no suficiente recurso financeiro para o atendimento.
Com as diaconias já elaboradas, vem-nos outra pergunta: Teria a diaconia, como organização diaconal mais verba para trabalhar? Como a conseguiria, se os caixas de nossas igrejas estão sempre esperando mais recursos? Cremos que as mencionadas diaconias, uma vez implantadas, já prestariam relevantes serviços ao departamento próprio da igreja, mantido para atender os irmãos e outras pessoas que a ele recorrem.
Entendemos que os departamentos, como a própria organização diaconal, trabalham no sentido de prestar à igreja serviços aos que dele carecem. Por este motivo não vemos como se iniciar uma disputa em torno dessa área de atendimento, e sim como pedir a direção do Senhor, buscá-lo fortemente para que ele nos oriente sobre o melhor caminho a seguir.
Outro ponto de considerável peso reside nos serviços que as igrejas prestam, notadamente as maiores em número de membros, cujos recursos destinado à parte de assistência social permitem-lhes manter razoáveis atendimento, como assistência médica e dentária, convênio de aplicação de vacinas obrigatórias para menores. A transferência desse acervo para a diaconia a ser implantada poderia trazer certa dificuldade no que tange à manutenção dos atendimentos e até mesmo quebra de seqüência, o que prejudicaria muito os que dele se utilizam.
Ao refletir sobre as possíveis dificuldades a serem equacionadas, senti que precisávamos de um certo amadurecimento sobre a conveniência ou não de viabilizar o nascimento dessa diaconia.
Vem-nos à mente um dos mais conhecidos adágios: “Time que está ganhando não deve ser molestado com a troca de jogadores”. Daí concluirmos que, nas igrejas onde os serviços estão sendo realizados a contento, não vemos como mexer a estrutura, porque se o fizéssemos correríamos o risco de uma mudança prejudicial. Mas naquela em que patente está o não funcionamento razoável desta área, através do órgão criado com este fim, assim como para as que não possuem ainda órgão de assistência ou serviço social, cremos que vale a pena a organização diaconal, é claro “ad referendum” da igreja, lançar esta diaconia. Ela terá como objetivo suprir a falta de atendimento aos irmãos e outros carentes, mesmo não crentes, para que não seja a igreja tida como omissa quanto à assistência social.
Ao concluir os irmãos pela viabilidade do serviço através da organização diaconal, cabe a esta instituição não só propor o nascimento da diaconia, como também suplicar meios à igreja para que lhe seja possível cumprir sua finalidade. Dentre as necessidades mais latentes para o funcionamento deste trabalho diaconal, estão os recursos financeiros, espaço físico para instalação, material necessário para execução, como mesa, cadeira, fichário e, conforme o seu porte, até pessoal.
A diaconia para assistência social compor-se-á, de preferência, por irmãos diáconos que possuam experiência nessa área, que sejam atenciosos, pacientes, capazes de estudar os problemas dos solicitantes com amor, de tal forma que haja sempre uma resposta sincera quanto ao que lhes é suplicado. Dizia sempre um grande amigo: “A sinceridade não ofende, pelo contrário, ela termina com as esperanças vazias”.
Quanto ao atendimento médico, dentário, vacinação, não há grande necessidade da igreja manter esses serviços em local próprio. Eles podem ser realizados através de convênios, que muitas vezes não custam mais do que se fossem instalados na própria igreja, a qual teria ainda a responsabilidade de mantê-los em ordem para uso e arcar com despesa direta: de pessoal, inclusive encargos decorrentes do vínculo empregatício.
Bom aproveitamento para reduzir os custos, principalmente nas igrejas que possuem médicos, dentistas, psicólogos e outros profissionais ligados a área de saúde, é solicitar que, sem prejuízo de suas atividades próprias, dêem algumas horas de trabalho a título de colaboração, o que viria a diminuir as despesas da igreja.
Do exposto, só nos resta concluir quanto ao surgimento ou não desta diaconia. Cada caso é um caso, ou melhor, cada igreja tem suas necessidades, problemas e recursos, por conseguinte, uma regra não poderia ser ditada como válida para todas elas, ou mesmo para as organizações diaconais. Busquemos, pois, a face do Senhor, para que ele nos oriente sobre o melhor a fazer, resultado objetivo será inquestionavelmente o melhor para o seu reino.
Fonte: JUERP

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